Nossos lideres estão Infelizes
Nossos líderes estão infelizes e isso impacta os resultados organizacionais. Então, como podemos cuidar melhor deles?
Mais que um cargo, ser líder é acima de tudo ser responsável pelas pessoas que estão sob seu comando, além, é claro, de cumprir as metas cada vez mais agressivas. Este papel fundamental para as sociedades desde o início dos tempos, vem se transformando junto com o desenvolvimento da humanidade. Com o avanço tecnológico e consequente acesso facilitado à informação, as empresas são acompanhadas de perto pela população, que exige ações cada vez mais condizentes com a realidade na qual estamos todos inseridos. Esta exigência acaba refletindo nos desafios enfrentados pelos líderes dessas organizações.
Como nossos líderes estão trabalhando com tantas expectativas, demandas? Um estudo recente da ETALENT informa que os gerentes são os campeões de infelicidade e esta pressão toda está afetando negativamente esta classe. Este resultado é agravado pelo fato de que muitos profissionais são promovidos para cargos de liderança sem o mínimo preparo. Dois terços dos trabalhadores não querem assumir cargos de gerência pois acham que o sacrifício não vale a pena. E tudo isso gera um grande ônus para as empresas e para essas vidas.
Este é um sinal de que nossos líderes precisam ser cuidados, e rápido. Uma ação necessária e até óbvia é capacitar os profissionais que serão promovidos, avaliando suas aptidões, desenvolvendo novas competências e oferecendo suporte adequado para que seu desempenho seja satisfatório. E quais seriam então as competências necessárias para os líderes modernos?
Pesquisadores e profissionais da área de recursos humanos vem debatendo sobre este assunto tão pertinente e compartilhando seus pontos de vista com grandes gestores. Muitos deles estão definindo um novo e importante modelo de liderança, mais humanizado e também com visão de sustentabilidade e responsabilidade social. Sabe-se que uma pessoa motivada é cerca de 30% mais produtiva que outra insatisfeita. Por isso também é estratégico cuidar do bem-estar e da felicidade de nossos líderes, para que eles estejam em condições de gerar mais e melhores resultados em conjunto com suas equipes.
Para Simon Sinek, escritor e consultor britânico, os chefes não devem estimular a competitividade entre seus subordinados e sim tratá-los como filhos, oferecendo oportunidades de inovar e criar ao tomarem riscos, aprender com os erros, contribuindo para um ambiente de cooperação e segurança. Um mau líder seria aquele que coloca os resultados acima de qualquer coisa. Enquanto o bom líder seria aquele que se sacrifica pela equipe, servindo como integrador e como fonte de inspiração (o conhecido líder servidor). Como disse Bernardinho, “qualquer pessoa de sucesso sabe que é uma peça importante, mas que não conseguirá nada sozinha”.
Com as alterações nas estruturas hierárquicas das organizações modernas, o líder precisará aprender a transitar horizontalmente, a considerar um problema como uma oportunidade, a antecipar mudanças, conhecer a empresa profundamente e extrair o melhor de sua equipe, integrado com as estratégias. Precisará também aprimorar suas competências de feedback e até mesmo coaching.
“Quando o trabalho de um grande líder está feito, as pessoas dizem: fomos nós que fizemos.” (Lao-Tsé)
Autora: Camila Thomazelli
Fonte:http://www.administradores.com.br/mobile/artigos/empreendedorismo/lideranca-infeliz/87132/