Como exercer a liderança na gestão de projetos
Não há como pensar em gerenciamento de projetos sem pensar em liderança, afinal, essa é uma característica intrínseca de um gerente de projetos — ou pelo menos deveria ser.
Contudo, muitas vezes, a habilidade de liderar é confundida com a função de chefiar, cujo significado é bem distinto. Enquanto liderar remete à capacidade de guiar, orientar e educar os colaboradores, chefiar diz respeito à ocupação de um cargo formal na empresa.
O exercício da liderança na gestão é fundamental na organização, pois inspira a equipe a ser produtiva sem a necessidade de cobranças ou eventuais desgastes, favorecendo a construção de um ambiente agradável e de colaboração. Contudo, a liderança só é genuína através do reconhecimento do time, pois são essas as pessoas que irão identificar, nas ações do gestor, a figura de um líder.
Mas como exercer a liderança na gestão de projetos? E quais as características de um legítimo líder? Acompanhe os tópicos seguintes para ter as respostas dessas perguntas!
Empatia
Aquele que ocupa cargos de liderança deve estar ciente do seu papel na motivação das pessoas — não importa o tipo de stakeholder — seja a equipe, o cliente, alta gestão, investidores, fornecedores, etc.
Como diria Taylor, "nesse ponto, é preciso considerar que cada um tem uma cultura, um grau de conhecimento e uma forma particular de ver o mundo”. O gerente de projetos que aspira ser um bom líder deve canalizar esforços na compreensão dessas diferentes emoções e percepções, fazendo com que todos tenham o mesmo objetivo em relação ao trabalho.
Autoconhecimento
Se por um lado o gestor de projetos precisa conhecer muito bem as pessoas com quem compartilha o ambiente de trabalho, por outro lado também deve se auto conhecer, quer dizer, saber o que o inspira, aquilo que o deixa mais à vontade. Não obstante, é necessário que tenha profunda ciência do projeto que está gerenciando, as motivações, as metas e gargalos que ameaçam o sucesso.
Otimismo
Um bom líder atribui atividades, delega tarefas, estipula metas de acordo com as limitações e fornece orientações claras e objetivas à equipe. Por isso, diante de qualquer adversidade, o gerente de projetos não deve apresentar temor ou dúvida, mas sim esbanjar otimismo, evitando que a moral do time seja abalada e que, consequentemente, suas decisões sejam questionadas.
Em um momento conturbado, as atitudes do líder são decisivas para inspirar a postura do grupo.
Autogestão
A maioria das organizações realiza uma gestão excessivamente centralizada, quer dizer, um modelo de gerenciamento onde toda e qualquer decisão parte do responsável pelo empreendimento, operação ou dos profissionais do nível tático. Contudo, essa prática tem se mostrado ineficiente.
Mesmo que seja fundamental ter o domínio de todas as atividades organizacionais, é essencial transmitir a cultura da autogestão na empresa, de forma que todos os colaboradores tenham autonomia para tomar decisões, é claro, de acordo com as suas funções e cargos.
Habilidades técnicas
É pouco provável que um gestor, gerente ou supervisor, saiba executar, absolutamente, todas as tarefas que atribui à equipe, entretanto, como líder, deve compreender bem as minúcias envolvidas no escopo das atividades, assim será capaz de orientar seus subordinados de maneira mais assertiva, cobrando resultados factíveis e auxiliando em caso de dificuldades.
A liderança é praticada na sua empresa? Como funciona no seu dia a dia? Deixe seu comentário e compartilhe conosco suas experiências!