Orçamento pessoal em tempos de crise
Manter um orçamento pessoal hoje em dia é uma missão que apresenta certo grau de complexidade, uma vez que o consumismo transformou as pessoas em máquinas de comprar.
Sempre há um carro melhor, normalmente o carrinho de compras chega ao caixa com muito mais produtos do que o necessário e nossas roupas nunca estão boas o suficiente. Poderíamos dar muitos outros exemplos, mas o importante é sabermos que sempre acharemos a grama do vizinho mais verde e, por isso, sempre buscaremos obter a tão sonhada grama.
Alguns sinais são claros para identificar se sua vida financeira está saudável:
1 – Ao chegar perto do fim do mês, você tem medo de abrir suas correspondências?
2 – Você fica nervoso toda vez que pensa nas contas, com a impressão de que uma bomba vai explodir?
3 – Ao passar o cartão em um estabelecimento, você fica apreensivo para saber se será aprovado?
4 – Você tem pagado suas contas fazendo novos empréstimos?
5 – No fim do ano, você vende 10 dias de férias e usa o décimo terceiro para poder respirar por um mês ou quem sabe dois meses?
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Se você se identificou com uma ou mais das colocações acima, ligue o sinal de alerta, pois sua saúde financeira pode estar correndo vários riscos.
Mas por que estamos tratando deste assunto? Por uma razão muito simples: é importante para a saúde geral das pessoas, já que, quando não estamos organizados financeiramente, todas as outras áreas de nossa vida acabam sendo impactadas. Isso se dá porque dificilmente você terá cabeça e conseguirá focar nos objetivos enquanto funcionário ou pai de família sabendo que seus credores estão querendo receber.
Diante desse cenário, o que fazer?
O primeiro passo é entender as fragilidades, e aqui comentamos três delas:
1 – Em um mundo consumista, gastar é quase orgânico, algo natural e que nos dá prazer.
2 – Guardar dinheiro geralmente é chato e torna-se uma missão quase impossível, até mesmo porque se prega o imediatismo na sociedade atual. Assim, por que esperar o amanhã se posso comprar em 10 vezes hoje?
3 – Pagar juros é a escravidão do mundo contemporâneo, haja vista que esse comportamento nos transforma a cada dia em seres que sempre precisam trabalhar um pouco mais para manter o status ou a aparência, ou ainda para ter aquilo que está acima de nossas possibilidades financeiras.
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O segundo passo é começar a se planejar, e o planejamento inicia-se pela elaboração e pelo enfrentamento da planilha de gastos, para descobrir quais são os hábitos que consomem nossas receitas e deixam nosso orçamento sempre no negativo. Geralmente são os pequenos gastos frequentes que, somados, trazem grandes impactos; então anote tudo até os centavos, os quais são impercebíveis no dia a dia. Faça um teste durante um mês e depois deixe uma mensagem para nós contando se estávamos certos!
O terceiro passo importante é estruturar metas realistas e com um horizonte temporal conhecido. Desse modo, trace metas de curto, médio e longo prazos e, para isso, comece fazendo a si mesmo a seguinte pergunta: o que posso fazer para melhorar minha saúde financeira amanhã, daqui a 15 dias e daqui a 30 dias?
O quarto passo é tranquilizar-se, pois muitas vezes o planejamento irá falhar, mas, ao criar o hábito de planejar e organizar-se, terá condições de aperfeiçoar-se, aproximar-se da realidade e galgar degraus importantes em médio prazo, rumo ao sucesso financeiro.
Para que você possa fazer um planejamento sustentável, siga estas cinco etapas:
1 – envolva a família;
2 – defina as prioridades e anote tudo;
3 – tenha foco;
4 – recompense a si mesmo pelas metas alcançadas, afinal você está neste mundo para viver;
5 – não desanime! o amanhã será melhor do que hoje.
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Uma vida financeira saudável não se consegue do dia para a noite e só depende de você, pois como afirma esta famosa frase: “a natureza não dá pulo”.
Até a próxima e Pense Gestão!
Me. ALEXANDER TERRA ANTUNES
Coautor de diversos livros, formado em Administração de Empresas, MBA em Gestão de Projetos, especialista em Gestão de Processos e Mestre em Administração com ênfase em Marketing.
